Na habitual coletiva de imprensa semanal, após avaliar sua recente visita oficial à França e a reunião com seu colega francês, Enmanuel Macron, o presidente anunciou que no início de 2025 viajará para a Espanha, Alemanha e Portugal com objetivos semelhantes.
O presidente disse que o apoio de Paris foi alcançado, especialmente no Fórum Global e na Comissão Europeia, como parte dessa campanha para resgatar a imagem do país do Canal.
Por outro lado, Mulino lamentou que países da região, como Equador, Peru e Chile, usuários do Canal do Panamá, mantenham a nação centro-americana nessas listas unilaterais e expressou que essa situação não pode continuar.
Nesse sentido, o chefe de Estado lembrou que uma das medidas que serão adotadas, em geral, é o veto em licitações internacionais a empresas dos países que mantêm o Panamá nessas listas.
Em outubro de 2023, o país foi excluído da lista cinza da Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF), por cumprir uma série de parâmetros e medidas para evitar a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e outros crimes financeiros.
Além da lista da UE, o Panamá é classificado como parcialmente compatível em questões de troca de informações fiscais pelo Fórum Global da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O país tem sido associado a paraísos fiscais desde o caso conhecido como Panama Papers, uma investigação jornalística internacional no início de 2016, que foi revelada pelo vazamento de documentos do escritório de advocacia Mossack-Fonseca, cuja principal atividade comercial era criar e gerenciar empresas offshore.
Em sua conversa com a mídia e o público, Mulino também anunciou que participará da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, a ser realizada na cidade francesa de Nice, de 5 a 15 de junho de 2025.
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