A documentação foi apresentada em uma cerimônia formal na sede do Ministério Público e inclui, além do dossiê preparado pela comissão parlamentar especial, um dossiê com 19 textos de provas do desfalque da empresa Citgo pelo Parlamento em desacato (2016-2021).
Infante explicou que esse dossiê inclui atas da Assembleia, acordos aprovados e conselhos Ad Hoc nomeados ilegalmente, cujo principal objetivo era confiscar empresas e ativos venezuelanos no exterior, incluindo o mais importante: a Citgo Petroleum Corporation (Citgo).
Ele também consignou a cópia da ata da sessão de 5 de fevereiro de 2019, na qual foi aprovado “o absurdo do estatuto para a transição à democracia”, e na qual aparecem os nomes dos deputados que aprovaram essa ata.
Todos os documentos demonstram o envolvimento desses atores no “maior roubo da história da Venezuela”, enfatizou.
Saab, por sua vez, comentou que desde 2017 a Procuradoria Geral da República vem realizando importantes investigações sobre “esse caso vergonhoso”, que ele considerou um dos piores esquemas de corrupção conhecidos na história da República.
Ele acrescentou que aqueles que cometeram esses crimes gravíssimos “não tinham qualificações anteriores para qualquer cargo popular, mas foram escolhidos a dedo via Twitter, do exterior, sob a administração de Donald Trump (2017-2021) para exercer um governo de fato que buscava saquear e desestabilizar o país”.
O procurador-geral enfatizou que o relatório preparado pela comissão parlamentar especial inclui evidências de deputados da referida legislatura, membros nomeados de seu conselho de administração Ad Hoc, PDVSA Holding e Citgo.
Também contém uma lista dos 15 partidos políticos que foram cúmplices do roubo e das organizações não governamentais (ONGs) que receberam financiamento da Fundação Simón Bolívar da Citgo, cujo conselho de administração era inválido e fora da lei.
Ele considerou valiosa e séria a investigação realizada pela comissão parlamentar especial e anunciou a designação da 50ª e 67ª promotorias nacionais com total competência para realizar as investigações e determinar as responsabilidades individuais, conforme previsto em lei.
Na última terça-feira, Infante apresentou à Assembleia Nacional os resultados conclusivos da investigação acima mencionada, que determinou o envolvimento de 351 pessoas que agiram com o apoio de ONGs, partidos políticos e seus conselhos de administração.
Entre esses últimos estão Acción Democrática, Voluntad Popular, Primero Justicia, Vente Venezuela, Un Nuevo Tiempo e Mesa de la Unidad Democrática.
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