“É claro que o nosso departamento militar está a pensar nisso e oferecerá diferentes opções de resposta”, disse o presidente numa entrevista ao jornalista Pavel Zarubin, comentando a possível permissão para Kiev usar armas ocidentais de longo alcance contra instalações no interior da Rússia.
Ele também expressou a sua esperança de que o Ocidente ouvisse as suas palavras sobre o assunto. O líder russo observou que “as tropas ucranianas não podem usar essas armas sozinhas”, ou seja, apenas especialistas dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) podem fazê-lo, uma vez que a utilização destas armas requer reconhecimento espacial, o que a Ucrânia não tem.
Os militares ucranianos, continuou, “não podem fazê-lo sozinhos, nem têm especialistas que utilizem esses dados para missões de voo e para realizar outras séries de manipulações. Portanto, o que está a acontecer agora está a ser feito por responsáveis da OTAN”.
A única questão é se eles se permitirão atacar o interior do território russo ou não, resumiu Putin.
Em Setembro passado, o líder russo alertou a OTAN que os ataques ucranianos com armas da OTAN contra o interior do território russo significaria que os países da Aliança Atlântica estariam em guerra com Moscovo.
A participação direta da OTAN, enfatizou, muda a própria essência do conflito.
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