No contexto da próxima visita do presidente Xi Jinping à região, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, recordou que esta iniciativa teve como objetivo fortalecer as relações entre ambas as partes para uma cooperação mais estreita e benéfica.
O porta-voz explicou que, nessa década, a visão de criar uma comunidade de destino compartilhado deixou de ser uma proposta para se tornar concreta em várias ações e projetos, gerando resultados tangíveis para ambas as regiões.
Esse esforço foi amplamente apoiado e traduzido em melhorias em várias áreas de desenvolvimento para os países da América Latina e do Caribe, disse o porta-voz.
Ele enfatizou que a China e a ALC mantiveram alta a bandeira da paz, do desenvolvimento e da cooperação, alcançaram uma conexão entre suas estratégias nacionais e aceleraram os benefícios de seus projetos conjuntos.
De acordo com Lin, os dois lados defenderam o multilateralismo genuíno, promovendo uma governança global mais equitativa e justa.
De acordo com o porta-voz, um exemplo recente é a colaboração entre a China e o Brasil na proposta do “Consenso de Seis Pontos” para a resolução pacífica da crise na Ucrânia, juntamente com outros países do “Sul Global” que formaram o grupo “Amigos da Paz” para contribuir com a estabilização da situação internacional.
Em termos econômicos, Lin Jian destacou que Pequim é o segundo maior parceiro comercial da América Latina e do Caribe, e o principal parceiro comercial de vários países da região.
Até o momento, foram assinados acordos de livre comércio com cinco nações e foram realizados trabalhos com 22 países dentro da estrutura da Iniciativa Rota e Faixa, disse ele.
Esse megaprojeto expandiu-se dos setores tradicionais, como comércio, finanças e infraestrutura, para áreas emergentes, como energia, tecnologia digital e aeroespacial.
Como resultado, o transporte aéreo direto entre a China e a América Latina tornou-se uma “Rota da Seda Aérea”, favorecendo a conectividade entre as duas regiões, disse Lin.
Ele também mencionou que o gigante asiático contribuiu para o desenvolvimento de recursos humanos na ALC por meio de programas de treinamento, além de enviar especialistas em áreas como medicina e agricultura.
Como parte de seu apoio a iniciativas de desenvolvimento sustentável, Pequim promoveu projetos de cooperação técnica, como o cultivo de bambu e grama forrageira, que têm um alto impacto nas comunidades locais.
“A China é uma verdadeira amiga e parceira confiável dos países e povos da América Latina e do Caribe”, disse ele, acrescentando que a relação bilateral entrou em um novo estágio de igualdade, benefício mútuo, inovação, abertura e bem-estar para as pessoas.
Lin Jian confirmou que a agenda de Xi na América Latina marcará sua sexta viagem à região desde 2013.
Xi Jinping visitará o Peru em 14 de novembro a convite da Presidenta Dina Boluarte e para participar da 31ª Reunião de Líderes Econômicos da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
Em seguida, o líder viajará ao Brasil para a 19ª Cúpula do Grupo dos Vinte (G20) e fará uma visita de Estado para marcar o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas.
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