A entidade também informou que as vendas caíram 20% devido a diferentes fatores, entre eles gastos adicionais, como a compra de geradores e diesel, a suspensão ou modificação do planejamento da produção, e que as pessoas estão comprando menos.
Estima-se também que, como resultado dos apagões, que começaram há mais de um mês, há 5% menos empregos, embora essa informação ainda esteja sendo analisada, informou a Ecuavisa.
Em vista dos prejuízos, os empresários estão pedindo concessões fiscais e o cumprimento dos cronogramas dos apagões anunciados.
O prefeito de Quito, Pabel Muñoz, disse que os cortes de energia estão sufocando as empresas que dependem da energia para sobreviver.
“Não podemos ficar parados enquanto muitos estão à beira da falência. Quito não vai parar em dezembro e continuará com os eventos programados (produzidos com autoabastecimento e sem conexão com a rede pública), para impulsionar a economia”, informou Muñoz.
Ao mesmo tempo, alguns produtos agrícolas, como mandioca, melão e banana, subiram de preço nos mercados da capital.
O Ministério de Energia e Minas anunciou que os apagões diários de 12 horas que começaram no último fim de semana continuarão nos próximos dias.
O governo equatoriano atribui a crise energética à pior seca dos últimos 60 anos, embora especialistas e cidadãos apontem que a origem da emergência está na falta de investimento e previsão das autoridades, que não adotaram medidas diante dos relatórios que previam a seca.
Esta semana, as condições climáticas não favorecerão a recuperação dos níveis de água nas áreas de influência das principais usinas hidrelétricas do Equador, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inamhi).
O presidente do Equador, Daniel Noboa, nomeou Arturo Félix Wong, ex-ministro do governo, como conselheiro da embaixada na Colômbia, onde estará encarregado de negociar a compra de eletricidade.
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