“Estendemos nossas condolências a seus familiares e amigos”, diz o comunicado, no qual os bolivianos graduados em Cuba sustentam que nunca esquecerão os ensinamentos de alguém que descrevem como um exemplo de revolucionário.
“Nosso querido professor Popi, nós o levaremos em nossos corações e o agradecemos por tudo. Até a vitória sempre”, conclui a carta.
No dia 12 deste mês, o ministro da Saúde Pública de Cuba, José Ángel Portal, informou ao X sobre a morte do homem que ele considerava uma pessoa cativante e um paradigma da medicina e da ciência em Cuba.
Popi, como era conhecido pelos cubanos, liderou a busca dos restos mortais de Che Guevara e de seus companheiros mortos na guerra internacionalista de 1967 na Bolívia, que culminou com a identificação e o retorno a Cuba dos esqueletos do comandante da guerrilha e de vários de seus combatentes em 1997.
O eminente cientista foi deputado da Assembleia Nacional do Poder Popular de 1998 a 2003 e foi reeleito para o período 2003-2008, durante o qual ocupou o cargo de presidente da Comissão de Saúde e Esportes do Parlamento cubano.
Também atuou como presidente do Grupo Parlamentar de Amizade com a Bolívia em ambas as ocasiões.
Ele foi ratificado como deputado em 18 de abril de 2018 na sessão constitutiva da 9ª Legislatura, realizada no Palácio de Convenções de Havana.
“Dói muito a perda de um cientista brilhante, apaixonado e leal até o último suspiro, como Jorge González, Popi para todos os cubanos, Herói do Trabalho e admirado executivo da Saúde, a quem devemos, entre muitas contribuições, a descoberta dos restos mortais de Che”, escreveu na rede social X o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
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