Varona, que também foi político, ensaísta e jornalista, é considerado um dos intelectuais mais influentes do final do século XIX e da primeira metade do século XX.
Em 1968, ele se juntou à luta pela independência no interior de Cuba e voltou para casa por motivos de saúde. Durante sua vida, trabalhou como professor e contribuiu para diversas publicações.
Durante o período colonial, ele escreveu para o jornal Patria, fundado pelo herói da independência José Martí para unir os cubanos na luta pela libertação do jugo da Espanha e, quando Martí morreu (em 1895), ele editou o jornal.
Devido à sua integridade e aos seus princípios, ele se tornou um ícone para os jovens e estudantes cubanos na década de 1930 e foi usado como um símbolo contra a ditadura de Gerardo Machado (1925-1933).
O plano de estudos para o ensino superior em Cuba, inspirado e dirigido pelo ilustre pedagogo em 1900, na época Secretário de Instrução Pública, significou um extraordinário passo à frente para o desenvolvimento geral do ensino superior no país.
As ideias contidas no Plano Varona serviram de estímulo para a grande reforma universitária promovida em Cuba em 1962.
Dono de uma obra sólida e extensa, Varona não deixou apenas uma produção literária relevante, mas também textos em que seu pensamento está atualizado e atento aos crescentes avanços da sociologia, da teoria cultural, da arte, da filosofia, da estética, da psicologia, da pedagogia e da lógica, entre outros temas.
“Não é possível, hoje em dia, referir-se à história do pensamento cultural cubano sem levar em conta as peculiaridades e o significado, para sua época e para a nossa, da enorme produção do notável pensador e, acima de tudo, de seu profundo senso de ética e honestidade intelectual”, enfatizam seus estudiosos. mem/mks/bm