A conferência dos presidentes dos grupos parlamentares na Assembleia Nacional na terça-feira incluiu o debate na sessão de 10 de dezembro, mas vários partidos, incluindo La France Insoumise e os socialistas, esperam antecipá-lo, enquanto o Senado ainda não definiu uma data para uma troca de opiniões sobre o pacto.
O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, está apoiando as discussões sobre o acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul, em um contexto marcado pela retomada ontem dos protestos e bloqueios de tratores após uma convocação dos principais sindicatos agrícolas.
Juntamente com as demandas por preços justos, acesso a fundos e eliminação de burocracia e regulamentações, o sindicato dos agricultores exige a não entrada em vigor do acordo do bloco dos 27 com o mercado composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, considerando-o uma concorrência desleal.
De acordo com os agricultores franceses, o pacto do Mercosul afetaria sua renda diante das importações de países com custos de produção mais baixos e menos regulamentações ambientais.
O presidente Emmanuel Macron reiterou nesta semana a oposição da França ao acordo em discussão desde 2019 e garantiu que outros governos da UE apoiam essa posição.
A intenção dos debates parlamentares e do primeiro-ministro Barnier seria aumentar a pressão sobre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que afirmou que a iniciativa de livre comércio com as nações sul-americanas já está nos estágios finais de conclusão, impulsionada por governos como o da Alemanha e o da Espanha.
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