Dos 2.17 filmes recebidos, foram selecionados 256 de 42 países do mundo: 21 da América Latina e o resto da Alemanha, Bélgica, Canadá, Argentina, Bolívia, Brasil, além de Chile, Colômbia, Costa Rica e Equador.
De acordo com a diretora do festival, Tania Delgado, também haverá países como Qatar, Emirados Árabes Unidos e o Estado da Palestina, “todos eles servirão como ponto de encontro e ponte para outras partes do mundo”.
O diretor do festival se referiu a uma área especial dedicada ao cinema argentino, sua evolução e seu ambiente atual, com o objetivo de trocar informações sobre a situação atual do país.
As competições habituais de longas-metragens de ficção, longas-metragens de estreia, longas-metragens documentais, curtas-metragens de animação, cinema Lgbtiq+ (prêmio recife), roteiro inédito, cartaz e pós-produção continuarão, disse Delgado, mas estamos trazendo uma novidade, que é o cinema experimental.
Nessa ocasião, o evento reserva as últimas tendências em realidades criativas e narrativas combinadas com o cinema híbrido, uma nova categoria, na qual serão combinados documentário, ficção, animação e a qualidade das obras recebidas, explicou; todos esses elementos foram levados em conta para abrir essa competição, que era um sonho acalentado e agora se tornará realidade, acrescentou.
Os dois primeiros capítulos da série ‘100 Anos de Solidão’, uma adaptação para as telas da obra-prima de Gabriel García Márquez, serão exibidos em estreia mundial pela Nexflix, disse ele.
Como parte do evento, ele informou, também serão apresentados clássicos do cinema restaurados, este ano com dois títulos da Argentina: o primeiro uma estreia cubana produzida há 50 anos, ‘La tregua’, de Sergio Renant, baseado na obra homônima de Mario Benedetti, e ‘Camila’, de María Luisa Bemberg, um marco entre todos os filmes exibidos em nosso festival, que ganhou o prêmio Coral.
Temos vários eventos teóricos e industriais, disse o diretor do festival de cinema, como a exibição de filmes colombianos, conferências, master classes, de 30 de novembro a 7 de dezembro, com importantes especialistas do cinema da região.
Não podemos completar 45 anos sem falar de Alfredo Guevara, um de seus fundadores, e prestar homenagem a essa grande figura do cinema latino-americano em seu centenário, no ano que vem, é apenas um preâmbulo, como o primeiro grão de areia em seu aniversário, disse ele.
O Festival de Havana do Novo Cinema Latino-Americano apresentará uma mostra de filmes da Palestina e haverá apresentações de livros.
Outra das novidades, também incluída entre os destaques, é o texto animado e os quadrinhos sobre a vida de Juan Padrón, bem como a participação do festival na televisão cubana.
O filme de abertura será ‘Los domingos mueren más personas’, filme argentino em coprodução com a Itália e a França, que concorrerá na categoria de primeiro longa-metragem; o evento traz surpresas e contará com a visita de atores brasileiros e americanos como parte do júri.
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