A conduta das forças israelenses no enclave costeiro exacerbou a crise humanitária a níveis sem precedentes, com implicações particularmente preocupantes para os direitos das crianças, disse a agência em um relatório sobre a situação no local.
A agência afirmou que as crianças em Gaza “enfrentam riscos agudos de bombas, fome, doenças e falta de serviços essenciais”.
Especialistas da ONU também documentaram ataques deliberados e execuções extrajudiciais em abrigos ou durante a fuga, segundo o relatório. Esse setor da população é a principal vítima das hostilidades, sendo que as crianças entre cinco e nove anos de idade são responsáveis pelo maior número de mortes, disse ele.
A Save of Children observou que “a destruição das instalações médicas e a negação sistemática do governo israelense ao acesso humanitário levaram a uma crise de saúde catastrófica”.
A campanha de guerra devastou a infraestrutura de Gaza, incluindo casas, escolas, hospitais e serviços essenciais, enfatizou.
Essa destruição tem consequências profundas e de longo prazo para as crianças, privando-as de um ambiente seguro e saudável, do acesso à educação e aos cuidados médicos necessários para seu desenvolvimento, disse ele. Ele lembrou que uma comissão de inquérito da ONU concluiu que Israel “perpetrou uma política concertada para destruir o sistema de saúde de Gaza como parte de um ataque mais amplo”.
Os danos duradouros causados às crianças sobreviventes devido à desnutrição, aos cuidados médicos inadequados e à exposição constante à violência afetarão seu desenvolvimento físico e cognitivo, disse a ONG.
A crise de saúde mental ameaça criar uma geração traumatizada que não poderá ser recuperada, advertiu.
A Save of Children disse que o futuro das crianças em Gaza e, por extensão, nos territórios palestinos ocupados, está em jogo.
Para salvaguardar o futuro e evitar mais danos irreparáveis, é necessária uma ação urgente e abrangente da comunidade internacional, afirmou.
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