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Buracos na carteira do Estado congolês

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Buracos na carteira do Estado congolês

Brazzaville, 1 dez (Prensa Latina) Os bolsos do Estado congolês, duramente afetados pela falta de orçamento, têm buracos pelos quais escaparam até agora pelo menos 97 bilhões de francos CFA (mais de 156 milhões de dólares).

De acordo com o presidente Denis Sassou-N’Oguesso, durante seu discurso sobre o estado da nação ao Congresso em 28 de novembro, um censo biométrico dos alunos matriculados nas universidades públicas de Brazzaville revelou que o Estado está gastando mais do que deveria.

Os números são consideráveis, pois cerca de nove bilhões de francos CFA por ano (aproximadamente 14,5 milhões de dólares) são investidos atualmente nesse programa, mas o censo revelou que apenas três bilhões de francos CFA (aproximadamente quatro milhões e 800 mil dólares) deveriam ser pagos.

Além disso, as investigações realizadas em alguns dos estabelecimentos orçados pelo Estado revelaram discrepâncias consideráveis entre os recursos financeiros solicitados e o custo real das despesas a serem cobertas.

Ele também destacou que “os controles organizados no setor público frequentemente revelam inúmeros falsificadores e outros agentes fictícios”.

Diante desses problemas, o chefe de Estado mencionou como um desafio para 2025 a melhoria da governança pública sob os princípios de transparência, responsabilidade, prestação de contas, monitoramento e avaliação.

Ele anunciou que, a partir de 1º de janeiro, os pagamentos em benefício do Estado e de suas entidades públicas terão de ser feitos por meios seguros, garantindo sua rastreabilidade e centralização no nível do Tesouro.

A vandalização de bens públicos também provou ser outro dos buracos nos bolsos do Estado, sobre o qual Sassou-N’Öguesso apontou que, menos de cinco anos após seu lançamento, mais de 2.300 poços de água, quase 80% dos construídos, estão inutilizáveis devido a essa situação.

“O roubo de painéis solares, tanques de água, bombas elétricas e a destruição de estruturas metálicas foram impostos a esse projeto, que foi muito bem recebido. Os 2.300 poços destruídos correspondem a um custo de 91 bilhões de francos CFA (cerca de US$ 147 milhões) perdidos”, disse ele.

Enquanto isso acontecia sem que as autoridades locais tomassem providências, em outubro passado o primeiro-ministro, Anatole Collinet Makosso, anunciou a suspensão das missões no exterior dos membros do governo para cortar custos.

Somente o presidente foi autorizado a viajar e participar de eventos internacionais.

Apesar dessa e de outras medidas, vários funcionários públicos entraram em greve várias vezes durante o ano devido à falta de salários.

Também houve dificuldades no pagamento de aposentados e estudantes com bolsas de estudo no exterior, devido a “restrições decorrentes da falta de margens orçamentárias”, como disse o próprio presidente.

Fechar as brechas e impulsionar a economia parecem ser tarefas prioritárias para o governo congolês no próximo ano.

mem/kmg/mb

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