O presidente disse que está a ser discutida uma proposta onde podem ser gerados maiores incentivos ao investimento e o imposto de primeira categoria pode ser reduzido de 27 para 25 por cento.
No entanto, isto requer um regime alternativo destinado às pequenas e médias empresas, e também para que os ricos contribuam mais, acrescentou.
O presidente Boric participou do Encontro Nacional da Indústria 2024, organizado pela Manufacturing Development Society (Sofofa).
Se quisermos a mesma coisa, desenvolver e fazer crescer a economia do país, então todos têm de estar dispostos a ceder e a dar parte do que consideram seu para chegar a estes acordos, disse ontem à noite perante cerca de 500 homens e mulheres de negócios.
Destacou também as palavras da presidente de Sofofa, Rosario Navarro, que mencionou entre as suas três prioridades a reforma previdenciária, uma das promessas emblemáticas do Governo e que não conseguiu ir além das discussões parlamentares.
“Não vai ser o projeto que nem a direita nem a esquerda queriam no início, mas estou convencido de que pode ser um bom acordo e que as pensões começarão a subir hoje”, disse o chefe do Palácio de La Moneda.
Noutros assuntos, Boric disse que o Estado e o setor privado podem ser parceiros estratégicos para aproveitar todo o potencial do país e apelou à recuperação da confiança perdida.
Também apelou a não se contentar com um crescimento de dois por cento do Produto Interno Bruto, insuficiente para satisfazer as necessidades do país.
O ministro da Fazenda, Mario Marcel, especificou que o aumento do imposto sobre a renda pessoal seria aplicado a partir de rendimentos superiores a seis milhões de pesos por mês (cerca de 6.200 dólares ao câmbio atual).
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