De acordo com o Página 12, durante a reunião, o chefe de Estado assumirá a presidência pro tempore da organização e levantará sua oposição a um tratado com a União Europeia (UE), bem como sua intenção de estabelecer um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, o que é questionado por outros países membros.
Esta será a primeira vez que Milei participará de uma reunião do Mercosul, já que ele decidiu não participar de uma reunião no Paraguai em meados deste ano.
Nas últimas semanas, Brasília tem estado no centro das negociações em uma tentativa de chegar a Montevidéu com um resultado concreto para as mais de duas décadas de negociações entre o bloco sul-americano e a UE.
Sob a liderança do presidente Luis Lacalle Pou, a cúpula uruguaia discutirá mais uma vez a “flexibilização” ou modernização das regras do Mercosul, especialmente para que seus membros possam avançar com sua própria agenda de abertura a outros mercados.
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, alinhado com o presidente uruguaio que está deixando o cargo, declarou que seu governo via a organização como “uma camisa de força”.
Para Yamandú Orsi, que representará seu país no futuro, a inserção internacional do Uruguai é uma estratégia importante, mas é necessário priorizar a “unidade” do bloco e dos países da região diante de um “mundo incerto”.
De acordo com a mídia local, a preocupação da diplomacia brasileira é uma eventual aliança entre Milei e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que poderia ter resultados negativos.
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