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Governo italiano exige transição pacífica e inclusiva na Síria

Governo italiano exige transição pacífica e inclusiva na Síria

Roma, 10 dez (Prensa Latina) O governo italiano reafirmou a necessidade de garantir uma transição pacífica e inclusiva na Síria, após a derrubada do presidente Bashar al-Assad pelas forças da aliança jihadista Hayat Tahrir al Shams, indica hoje uma nota.

Um comunicado da Presidência do Conselho de Ministros indica que, numa reunião de emergência realizada na véspera, convocada pelo Chefe do Governo, Giorgia Meloni, para avaliar a situação naquele país árabe, foram determinadas medidas a adotar, incluindo a suspensão dos procedimentos para lidar com pedidos de asilo provenientes da Síria.

A reunião contou com a presença dos Ministros das Relações Exteriores, do Interior e da Defesa, Antonio Tajani, Matteo Piantedosi e Guido Crosetto, respectivamente, bem como do Subsecretário do referido Conselho, Alfredo Mantovano, na qualidade de autoridade delegada para a segurança da República, em além dos chefes dos serviços secretos italianos.

Foi tomada a decisão de manter a presença diplomática em Damasco e foi dada especial atenção às ações para garantir a segurança dos cidadãos italianos que se encontram em território sírio, bem como a proteção dos cristãos e de todas as minorias, face a um panorama perigoso, complexo e mutável.

Numa altura em que os combates continuam em algumas regiões da Síria, o governo italiano “continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos, em contacto estreito com os parceiros regionais, europeus e do Grupo dos Sete (G7)”, conclui o documento.

Na segunda-feira passada, Crosetto alertou sobre a ameaça que a desestabilização daquela nação árabe representa para o Médio Oriente e a Europa onde, como disse aos meios de comunicação, “está a começar uma transição difícil e cheia de incógnitas”.

O ministro da Defesa italiano considerou que esta situação complexa “vai causar um efeito dominó no Líbano”, país que “está em condições desesperadas há algum tempo”, já que “com o colapso da Síria e a crise do Hizbullah, provocada pela guerra de Israel, a imagem piora” e “arriscamos cenários apocalípticos”.

Existe também o risco de uma onda de refugiados para a Europa como a de 2015, que poderá ser ainda mais grave “com uma União Europeia muito mais fraca do que então”, disse ele.

“Existe o risco de uma maior desestabilização”, razão pela qual “devemos defender a Itália, preparada para enfrentar crises ainda mais difíceis”, sublinhou o ministro.

Numa reunião realizada na manhã do dia 8 de dezembro na sede do Itamaraty, o chanceler italiano analisou com os embaixadores desta nação europeia naquela região as consequências da queda do governo sírio.

Tajani referiu em conferência de imprensa, após a conclusão daquela reunião, que a Itália tem muito interesse na evolução da situação na Síria “dado que é um país que domina o Mediterrâneo, e parece-me que estamos todos interessados ​​em manter uma situação estável.”

lam/ort/ls

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