O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, saudou a declaração assinada pelo presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, e pelo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, no dia anterior, em Ancara, sob os auspícios do presidente turco, Recep Tayyip ErdoŸan, segundo um comunicado.

Mahamat considerou importante esse ato de grande responsabilidade por parte dos dois líderes e os incentivou fortemente a implementar, sem demora, as medidas relevantes tomadas.

Elogiou ErdoŸan por seu apoio aos dois lados em seu compromisso compartilhado de resolver as diferenças por meio de consulta e diálogo, no melhor interesse de seus países e povos.

A Etiópia e a região semi-autônoma da Somalilândia assinaram um memorando de entendimento em 1º de janeiro, concedendo a Adis Abeba 20 quilômetros de acesso ao Golfo de Áden e ao Mar Arábico por um período de 50 anos.

Em troca, ela deve reconhecer formalmente a Somalilândia, que autoproclamou sua independência da Somália em 1991, mas ainda não foi reconhecida como um estado-nação pelas Nações Unidas.

A Somália rejeitou o acordo e pediu que a ONU, a União Africana, a Liga Árabe e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento defendessem seu direito de proteger sua soberania e forçar a Etiópia a aderir ao direito internacional.

Em julho passado, a convite de seu homólogo turco Hakan Fidan, o então ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Taye Atske-Selassie, e o ministro das Relações Exteriores da Somália, Ahmed Moallim Fiqi, mantiveram um diálogo franco, cordial e voltado para o futuro em Ancara sobre suas diferenças e exploraram maneiras de resolvê-las dentro de uma estrutura mutuamente aceitável.

Eles deveriam se reunir para uma segunda rodada de negociações em 19 de setembro, mas isso foi adiado devido a compromissos anteriores na Assembleia Geral da ONU.

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