Em um resumo do evento que está sendo realizado em Cuba desde 5 de dezembro e que termina hoje, Triana afirmou que, apesar das dificuldades que o país atravessa, em qualquer outra nação teria sido tomada a decisão de suspender o evento, “mas nós defendemos o Festival”, enfatizou.
Defendemos o Festival porque acreditamos que eles não poderão impedir que nossos amigos se reúnam na capital cubana e vejam as últimas produções cinematográficas do continente.
Também acreditamos que, acima de tudo, esse fabuloso intercâmbio que vem ocorrendo há 45 anos em Havana continuará a ser realizado, disse ele.
Acredito que nossos oponentes apostaram que não realizaríamos o Festival e, para nós, é motivo de orgulho estarmos chegando à conclusão dessa edição, observou o presidente do Icaic.
A programação foi cumprida, os debates do fórum com grande participação e salas cheias, marcando uma tendência e reafirmando a ideia de que é possível manter a essência e a gênese desse projeto, disse o diretor.
Disseram-nos que o cinema latino-americano não existe mais, mas estes foram dias para reconhecer quantos cineastas do continente ainda estão comprometidos com este Festival e em vir aqui para compartilhar com o público, disse Triana.
E acrescentou: “Vimos os rostos felizes desses cineastas, bem como suas urgências e necessidades.
Havana continua a ser o lugar onde o mais diverso e plural tem um lugar.
Posso assegurar, disse Triana, que a vontade expressa que o presidente cubano Miguel Díaz-Canel afirmou no intercâmbio com os cineastas de que nunca deixaremos de realizar o Festival do Novo Cinema Latino-Americano é uma expressão que se reflete em atos.
Por exemplo, a existência há mais de 35 anos da Escola Internacional de Cinema de San Antonio de los Baños, que nunca fechou suas portas nem mesmo nos anos da pandemia da Covid-19, nem mesmo nos piores momentos econômicos que atravessamos em Cuba.
Porque a cultura ainda é a primeira coisa a ser salva, disse o presidente do Icaic.
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