A instituição coloca Daniel Noboa, atual presidente e candidato, em segundo lugar, com 32,9 por cento.
O relatório não constitui um levantamento, mas sim uma análise baseada na evolução de múltiplos estudos realizados no país, esclareceu Celag.
A entidade destacou ainda que uma elevada percentagem de eleitores ainda não definiu a sua preferência, o que deixa o panorama eleitoral em aberto.
Alfredo Serrano Mancilla, diretor da Celag, explicou em seu relato X que a indecisão se deve a quem simplesmente não decidiu e a quem reflete no último minuto sobre seu voto.
Este fenómeno já foi observado nas eleições de 2021 e 2023, quando surgiram candidatos inesperados que alcançaram níveis de apoio significativos, observou Serrano.
Segundo a análise, González conta com o firme apoio do voto radical do correísmo, porém, enfrenta o desafio de convencer aqueles que costumam apoiar a Revolução Cidadã apenas em um eventual segundo turno.
“É fundamental que estes eleitores avancem no seu apoio para garantir uma vantagem no primeiro turno”, comentou Serrano sobre o candidato progressista.
Por outro lado, observou que Noboa parece beneficiar da ausência de um rival forte dentro do espectro conservador.
“Ele tem mais votos do que apoio real. Por quê? Porque não há outro rival que possa tirar o voto dele. Resta saber se eles aparecem nessas últimas semanas”, concluiu o analista.
As eleições presidenciais realizar-se-ão no dia 9 de fevereiro de 2025, num cenário político marcado pela incerteza e pela possibilidade de mudanças de última hora nas preferências do eleitorado.
No último domingo começou a campanha, marcada pela decisão do presidente Daniel Noboa de solicitar licença por curtos períodos para não deixar o poder durante toda a fase de proselitismo, o que tem sido denunciado pelos seus opositores e juristas que consideram isso uma violação eleitoral.
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