Segundo um relatório do Posto de Comando Unificado (PMU) instalado naquele território para monitorizar a situação, citado pelo jornal El Tiempo, em oito municípios há 58 vítimas mortais.
Entretanto, milhares de pessoas abandonam as suas casas para fugir do conflito entre o Exército de Libertação Nacional (ELN) e a Estrutura 33, que é um grupo residual das extintas Forças Armadas Revolucionárias-Exército Popular.
Segundo o prefeito de Cúcuta, Jorge Acevedo, mais de 1.200 pessoas chegaram àquela cidade e lotaram o interior da Prefeitura, bem como outros espaços públicos do entorno, como o Parque Santander.
O responsável alertou que o número deverá ultrapassar os dois mil nas próximas horas e elogiou o fato dos cidadãos daquela cidade estarem a oferecer alimentos e outras ajudas a quem precisa.
Parte da população que fugiu dos combates também procurou refúgio no município de Ocaña, onde chegaram cerca de 300 pessoas, segundo o diretor do Instituto Departamental de Saúde, Fernando Álvarez.
As autoridades temem que o número de pessoas deslocadas se multiplique e imponha maiores desafios às administrações no que diz respeito aos cuidados, especialmente às crianças e aos idosos.
Outro grupo de indivíduos optou por deixar o país e agora está no estado venezuelano de Zulia, segundo declarações do ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo. Por sua vez, as Forças Militares do país reforçam as suas ações de inteligência e operacionais para contrariar a situação de violência que hoje abala Catatumbo, onde foram destacados 300 militares uniformizados para reforçar as bases já existentes no território.
Em El Tarra, Norte de Santander, a Divisão de Aviação de Assalto Aéreo auxilia nas tarefas de evacuação da população civil, que será transferida para os locais arranjados pelo Governo.
A Provedoria de Justiça alertou anteriormente que há também dezenas de pessoas raptadas, feridas e centenas de famílias que permanecem confinadas em consequência do conflito.
Devido à situação, o presidente Gustavo Petro suspendeu as negociações entre o Governo e o ELN pela segunda vez em quatro meses, considerando que as suas ações no Catatumbo são crimes de guerra e que esta força guerrilheira não tem uma vontade real de paz.
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