O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, destacou que o compromisso alcançado na semana passada estipula a entrada diária no enclave costeiro de cerca de 600 camiões carregados de mercadorias.
Abdelatty também destacou os esforços contínuos do Cairo para fornecer ajuda humanitária à Faixa através da passagem fronteiriça de Rafah, ocupada pelo exército israelense desde Maio do ano passado.
“Trabalharemos para garantir que o cessar-fogo em Gaza seja implementado”, sublinhou o responsável.
A incursão militar contra o passo e a cidade vizinha com o mesmo nome, na fronteira com o Egito, obrigou ao encerramento da única janela que este enclave costeiro tinha até então com o mundo exterior.
Em repetidas ocasiões, países, organizações não governamentais e várias agências da ONU apelaram às autoridades israelenses para reabrirem Rafah e outras passagens para aumentar o volume de ajuda humanitária que entra no território.
Israel lançou a operação com o argumento de combater o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e impedir o alegado contrabando de armas e munições do lado egípcio, embora o Cairo tenha rejeitado repetidamente esta versão.
As autoridades egípcias afirmam que estas acusações visam apenas justificar a campanha de guerra e a presença militar no chamado corredor de Filadélfia, uma faixa de terra palestina com 100 metros de largura e 14,5 quilómetros de comprimento que corre paralela à fronteira de Gaza e do Egito.
A Organização para a Libertação da Palestina, os partidos políticos e os movimentos rejeitaram em diversas ocasiões qualquer controlo estrangeiro sobre a passagem da fronteira e desse corredor, como planeja Israel.
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