“No contexto das crescentes tensões e da intensificação da rivalidade geopolítica no mundo, os riscos de um confronto violento envolvendo potências nucleares estão aumentando”, alertou o funcionário em uma declaração exclusiva à agência de notícias TASS.
Na opinião de Shoigu, os países ocidentais estão desencadeando uma “agressão ideológica e baseada em valores” contra a Rússia e a Bielorrússia, atacando não apenas com a ajuda de sanções econômicas, mas também perturbando a situação política interna.
“As tentativas de desestabilizar a situação interna, minar as bases sociais e impor uma ideologia neoliberal alienígena são incessantes”, enfatizou o ex-ministro da defesa russo.
Nesse sentido, ele enfatizou que esse comportamento do Ocidente afeta não apenas Moscou e Minsk, mas também influencia negativamente a situação internacional como um todo.
“Observamos uma desvalorização ativa das estruturas internacionais, que estão se tornando cada vez mais instrumentos políticos. Vemos tentativas de minar os esforços internacionais para evitar uma corrida armamentista espacial, que poderia transformar o espaço em uma região de conflito militar”, disse ele.
A esse respeito, ele argumentou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está aumentando ativamente seu potencial militar no flanco leste do bloco, próximo às fronteiras do Estado da União Russo-Bielorrusso.
A Aliança Atlântica “está constantemente diminuindo o limiar para o uso de armas nucleares e fortalecendo o componente nuclear no planejamento militar”, enfatizou o interlocutor.
Ele também observou que as ações dos Estados Unidos e de seus satélites levaram à degradação dos mecanismos de controle de armas e de não proliferação de ADM.
“Não é segredo que as últimas décadas foram marcadas por um crescimento e expansão da gama de ameaças contra o Estado da União e seus membros”, disse Shoigu.
A Estratégia de Segurança Nacional dos EUA e o Conceito Estratégico da OTAN, atualizados em 2022, descrevem diretamente a necessidade de uma “luta abrangente contra a Rússia e seus aliados, percebidos como sérias ameaças à segurança”, resumiu o secretário do Conselho de Segurança do gigante eurasiático, Sergey Shoigu.
npg/odf/jb