Durante uma assembleia multissetorial realizada no Parque Lezama, nesta capital, grupos como a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) e grupos LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, queer e outros) decidiram sair naquele dia às 16:00, hora local, dos arredores do Congresso até a Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada.
Os organizadores da iniciativa questionam as recentes declarações do presidente Javier Milei contra o feminismo, os homossexuais e a diversidade.
“Suas declarações são um ataque concreto à comunidade LGBTI+. Ele é quem incentiva a violência. Sem dúvida, vidas estão em risco. É urgente ocupar o espaço público e nos organizar”, disse o ATE em nota.
Os argumentos de Milei são retrógrados e discriminatórios, apresentados com argumentos falsos e confusos, contrários a todas as normas nacionais e internacionais vigentes, mas, acima de tudo, carregados de ódio e misoginia, acrescenta o texto.
Além disso, o sindicato lembrou que em 2024 foram registradas 265 mortes violentas na Argentina, das quais 255 foram feminicídios.
Mais de cem crianças ficaram órfãs de mãe. As mulheres ganham, em média, 27% menos que os homens e apenas 16% alcançam cargos gerenciais em seus empregos. Esses são números preocupantes que o Governo decide ignorar, alertou a ATE.
Considerou alarmantes também as intenções do Executivo de excluir a figura do feminicídio do Código Penal e indicou que estão em risco as leis que visam prevenir e erradicar a violência contra as mulheres, promover a educação sexual integral, combater a discriminação e garantir o acesso de todas pessoas a um cargo de trabalho.
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