O emprego adequado em dezembro de 2024 fechou em apenas 33%, a menor taxa daquele ano e com uma queda de 2,9 pontos percentuais em relação ao mesmo mês de 2023, embora para o INEC “não haja diferença estatisticamente significativa”.
Pessoas com empregos decentes trabalham 40 horas por semana e ganham pelo menos um salário-base, que em 2025 é de US$ 470. No entanto, aqueles que não estão nessa categoria não têm esses benefícios garantidos.
Enquanto isso, o emprego informal subiu para 58% em dezembro, o maior número registrado desde dezembro de 2007.
O desemprego, por sua vez, atingiu 2,7% naquele mês, o que equivale a 230.000 pessoas sem trabalho.
Outro indicador que reflete a precariedade do mercado de trabalho é a queda da renda equatoriana, que ficou em média em 354,6 dólares por mês, uma redução de 45,3 dólares.
Enquanto isso, a pobreza também aumentou entre 2023 e 2024 de 26 para 28%, a maior taxa desde junho de 2021, em meio à pandemia de Covid-19.
Isso significa que há 5,2 milhões de pessoas vivendo na pobreza, com renda inferior a US$ 91,43 por mês, de acordo com dados do INEC, em dezembro de 2024.
O ex-ministro da Economia Marco Flores destacou em sua conta X que a atual precariedade do mercado de trabalho é consequência da insuficiência de investimentos que, se não se estabilizam, desaceleram, estagnam ou contraem o crescimento econômico.
Desta forma, não há como criar emprego sustentável, reconstruir serviços públicos, criar oportunidades de progresso para as pessoas ou reduzir a pobreza, disse o especialista, para quem “este desastre é a causa direta da migração dos pobres”.
Flores insistiu que “as políticas neoliberais locais mostram toda a sua destruição social” e atribui a situação a medidas como o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) decretado pelo atual presidente e candidato à reeleição, Daniel Noboa.
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