Os outros dois membros da recém-formada Aliança dos Estados do Sahel (AES), Mali e Burkina Faso, tomaram a mesma decisão e anunciaram em uníssono a emissão de passaportes que abrem as portas dos três países para os cidadãos dos três estados da África Ocidental.
Testemunhos gráficos e verbais estimam em milhares o número de participantes da manifestação, convocada pelo movimento da sociedade civil M62, que percorreu as ruas da capital e se aproximou da sede presidencial.
Embora os três países tenham suspendido sua participação na Cedeao, eles iniciaram o processo de separação definitiva do grupo, que acusam de agir de acordo com os interesses das potências ocidentais.
Mali, Burkina Faso e Níger são todos governados por governos militares transitórios e, semanas atrás, anunciaram a integração de uma força militar conjunta de até 5.000 soldados para combater grupos islâmicos em seus territórios.
Outro fator que identifica os três membros da ESA é a decisão de pedir a evacuação das bases militares francesas em Mali e Burkina Faso e das bases militares dos EUA em Níger.
Embora a medida seja de âmbito regional, ela marca uma tendência em vários países africanos de cortar os laços com antigas metrópoles europeias e, em termos políticos, recusar os insistentes apelos de Paris e Washington para condenar a operação militar especial na Ucrânia e cortar os laços com Moscou.
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