“Agora sobre este tópico, que está sendo constantemente sussurrado. As manipulações históricas de Zelensky em relação ao processo de negociação. Por que eu digo isso? Porque ele está mentindo, é tudo mentira. Ele tentou justificar com uma mentira descarada sua decisão de se retirar do processo de negociações na primavera de 2022 e lutar até o último ucraniano”, disse o diplomata.

A este respeito, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do gigante eurasiano recordou que o mais alto representante do Governo ucraniano, numa conferência de imprensa com a Presidente da Moldávia, Maia Sandu, no dia 25 de Janeiro, mencionou que o objetivo da proibição do diálogo direto com Moscou deveria conter a ameaça de separatismo na Ucrânia.

Em sua mente febril, a Rússia estaria supostamente tentando pressionar deputados da Verkhovna Rada (parlamento unicameral ucraniano), autoridades da União Europeia e dos Estados Unidos, a usar vários “corredores de negociação ocultos” que ameaçavam a independência do país vizinho, disse Zakharova.

“Aparentemente, no sentimento de colapso absoluto de seu povo, não necessariamente na política, mas em suas próprias atividades terroristas, Zelensky agora mentirá sobre literalmente tudo. Ou seja, não será mais manipulação, será uma mentira descarada e direta”, considerou.

Ao mesmo tempo, a porta-voz lembrou que a decisão de retirar Kiev das negociações com Moscou veio do Ocidente.

Nesse sentido, ele argumentou que o Ocidente tinha outros planos, que se refletiam diretamente, alguns eram expressos em entrevistas oficiais, outros vazavam para a mídia.

A tarefa deles era prolongar o conflito e, como disse George Bush Jr., matar o maior número possível de russos, para que as gerações futuras não precisassem fazer isso, disse o diplomata.

Essa ideia foi desenvolvida por muitas figuras ocidentais, observou Zakharova. Ao mesmo tempo, ele concluiu que essas eram as razões para interromper as negociações. “Porque eles não precisavam de um acordo pacífico. E o então chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e muitos outros falaram sobre isso”, enfatizou.

O presidente russo, Vladimir Putin, negou anteriormente a possibilidade de manter negociações diretas com Zelensky, chamando-o de líder ilegítimo da Ucrânia.

O chefe de Estado do gigante eurasiano argumentou que, de acordo com a Constituição ucraniana, “o presidente da Ucrânia, mesmo sob lei marcial, não tem o direito de expandir seus poderes, e apenas autoridades representativas podem fazê-lo”, ou seja, a Verkhovna Rada .

A este respeito, Putin disse que se Zelensky quiser participar nas negociações, ele designará as pessoas que irão realizar esses acordos com o representante de Kiev.

Por sua vez, o líder ucraniano, cujo mandato expirou em 20 de maio de 2024, disse anteriormente que as eleições presidenciais seriam realizadas após o fim da “fase quente” do conflito com a Rússia, em “uma posição forte para a Ucrânia”.

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