Em um comunicado, a APDH questiona o anúncio do presidente e aponta que se trata de “uma decisão ideológica, coerente com a política pró-imperialista-colonial dos Estados Unidos”.
Ela acusa o chefe de Estado e seus aliados de promover uma política baseada no “cada um por si” e nos mandatos de Washington.
Essa decisão é um verdadeiro salto no vazio em termos de saúde e direitos fundamentais.
Fazer parte da OMS é benéfico devido a seu papel de coordenação em ações colaborativas, que permitem melhores preços na compra de medicamentos e vacinas, diz o texto.
Destaca o papel do órgão na promoção de cooperação técnica, financiamento para obtenção de suprimentos em caso de pandemias, treinamento científico e intercâmbio entre especialistas.
Explica também que a OMS oferece acesso a bibliografia atualizada e treinamento para especialistas e profissionais em geral. Além disso, oferece a possibilidade de monitoramento da saúde de todas as nações, o que garante um rápido alerta global em caso de novas crises.
Como um país empobrecido e com recursos escassos, a situação da Argentina é agravada por decisões tomadas contra os avanços científicos internacionais, o que nos faz retroceder décadas no tempo, diz a APDH.
Por outro lado, a APDH condena a decisão de destruir agência e outros órgãos estatais ligados à saúde, acabar com o Ministério, fechar hospitais ou esvaziá-los, acabar com as equipes interdisciplinares, retirar benefícios e medicamentos para idosos, negar medicamentos específicos para pessoas com câncer e HIV e deixar centenas de trabalhadores na rua, entre outras ações do Executivo.
Diante de um ato tão criminoso, ninguém deve olhar para o outro lado. Diante de tamanha brutalidade, insensibilidade e desumanização frente às necessidades de uma sociedade já seriamente afetada por políticas de saque e exclusão, expressamos nosso mais enérgico repúdio a tal decisão, afirma o documento.
Exigimos que essa medida tosca seja imediatamente revista para evitar que a grave deterioração em curso avance e produza danos irreversíveis à saúde pública em nosso país, conclui.
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