Quarta-feira, Março 19, 2025
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Críticas persistem no primeiro dia do estado de emergência no Peru

Lima, 18 mar (Prensa Latina) Mil soldados foram destacados hoje em pontos críticos da capital peruana, no primeiro dia do estado de emergência decretado pelo governo, enquanto se intensificam as críticas à medida.

O Comando Conjunto das Forças Armadas informou que as tropas, armadas com fuzis e em uniforme de combate, foram designadas para pontos sensíveis nos municípios de San Juan de Lurigancho, Comas e San Martin de Porres e na região de Callao, adjacente à capital.

Apesar do destacamento de forças e do estado de emergência de 30 dias, o Canal N de televisão informou que, no primeiro dia da medida de emergência, houve quatro assassinatos que pareciam ser obra de assassinos contratados, o que parece apoiar as várias críticas à medida do governo.

O prefeito do distrito de San Juan de Lurigancho, Jesús Maldonado, declarou que a medida iniciada hoje é a terceira em seu município, as duas primeiras não funcionaram e é certo que a terceira será ‘mais do mesmo’.

Ele explicou que o fracasso que prevê se deve ao fato de que a medida não faz parte de uma grande estratégia, mas é improvisada e responde à crise do assassinato do cantor popular Paul Flores.

A única medida democrática e constitucional é antecipar as eleições” para que ‘alguém que possa nos tirar desse problema’ possa assumir a chefia da nação, afirmou ele, ressaltando que o problema é a presidente Dina Boluarte.

O prefeito de San Martin de Porres também declarou que foi comprovado que o estado de emergência “não resolveu e não resolverá o problema básico, pois não há estratégia nem plano abrangente para combater a delinquência e a criminalidade”.

A congressista Sigrid Bazán descreveu a medida como uma zombaria do público e disse que a presidente e seus ministros “não têm a menor ideia de como combater o crime”.

O ex-chefe da Polícia Nacional, Eduardo Pérez Rocha, comentou que a luta contra a extorsão e os assassinatos por encomenda não está funcionando, pois a polícia está capturando apenas assassinos e portadores de ameaças, mas não líderes de gangues, e o estado de emergência não mudará isso.

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