O Comando Conjunto das Forças Armadas informou que as tropas, armadas com fuzis e em uniforme de combate, foram designadas para pontos sensíveis nos municípios de San Juan de Lurigancho, Comas e San Martin de Porres e na região de Callao, adjacente à capital.
Apesar do destacamento de forças e do estado de emergência de 30 dias, o Canal N de televisão informou que, no primeiro dia da medida de emergência, houve quatro assassinatos que pareciam ser obra de assassinos contratados, o que parece apoiar as várias críticas à medida do governo.
O prefeito do distrito de San Juan de Lurigancho, Jesús Maldonado, declarou que a medida iniciada hoje é a terceira em seu município, as duas primeiras não funcionaram e é certo que a terceira será ‘mais do mesmo’.
Ele explicou que o fracasso que prevê se deve ao fato de que a medida não faz parte de uma grande estratégia, mas é improvisada e responde à crise do assassinato do cantor popular Paul Flores.
A única medida democrática e constitucional é antecipar as eleições” para que ‘alguém que possa nos tirar desse problema’ possa assumir a chefia da nação, afirmou ele, ressaltando que o problema é a presidente Dina Boluarte.
O prefeito de San Martin de Porres também declarou que foi comprovado que o estado de emergência “não resolveu e não resolverá o problema básico, pois não há estratégia nem plano abrangente para combater a delinquência e a criminalidade”.
A congressista Sigrid Bazán descreveu a medida como uma zombaria do público e disse que a presidente e seus ministros “não têm a menor ideia de como combater o crime”.
O ex-chefe da Polícia Nacional, Eduardo Pérez Rocha, comentou que a luta contra a extorsão e os assassinatos por encomenda não está funcionando, pois a polícia está capturando apenas assassinos e portadores de ameaças, mas não líderes de gangues, e o estado de emergência não mudará isso.
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