Quarta-feira, Abril 16, 2025
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EUA insistem em isolar Cuba, diz Espanha

Madri, 4 abr (Prensa Latina) A subdiretora geral da Direção de Estados Unidos da chancelaria cubana, Johana Tablada, afirmou que a cruzada de Washington contra a cooperação médica cubana é para isolar a ilha.

Em uma entrevista à Cubainformación, à qual Prensa Latina teve acesso hoje, Tablada destacou que o objetivo desse ataque à cooperação médica cubana é isolar Cuba internacionalmente e corroer seu merecido prestígio nesse domínio, além de cortar uma fonte de renda que é “o sustento dos serviços médicos dentro de Cuba”.

O funcionário do Ministério das Relações Exteriores da maior das Antilhas disse que as últimas medidas contra Cuba, anunciadas pelo Secretário de Estado Marco Rubio, para sancionar funcionários de terceiros países que assinam acordos médicos com Cuba, é um “capricho delirante”.

Trata-se de um capricho delirante de Rubio, um projeto que fracassará porque ninguém acredita nele, nem mesmo ele próprio, acrescentou Tablada.

Elaborando sobre a questão da acusação de suposto tráfico humano, ele disse que os médicos não são enganados, pois assinam um contrato e conhecem suas condições; “nem são forçados ou coagidos; nem trabalham sem remuneração”.

Pelo contrário, disse ele, eles têm “uma remuneração dupla: seu salário cubano integral e um pagamento em moeda forte no país onde estão”. Ele também negou que as equipes de ajuda “estejam confinadas” ou “não se movimentem livremente”.

Referindo-se amplamente ao bloqueio dos EUA contra Cuba por mais de seis décadas, ele disse que “essa política de guerra fracassou em termos de seu objetivo político, mas conseguiu causar dor às famílias cubanas”.

Ele considerou que as medidas de guerra econômica dos EUA serviram para torturar a população cubana, “em uma espécie de experimento de laboratório para asfixiar e cortar todas as fontes de renda”.

Perguntando-se por que Trump não está tomando medidas para suspender o bloqueio, ele disse que “a questão de Cuba foi terceirizada para setores do sul da Flórida, que fizeram um negócio lucrativo com a política de agressão contra a Revolução Cubana e o cerco econômico contra nosso país”.

O hipotético fim do cerco à ilha, ele admitiu, seria benéfico para ambos os países, em áreas como investimento, cultura” e acesso a medicamentos cubanos, como o Heberprot-P, que evita a amputação de pés diabéticos, uma doença que afeta milhares de pessoas nos EUA.

Tablada mencionou que uma pesquisa de outubro de 2024 mostrou que pelo menos 59% da população dos EUA apoia a normalização das relações entre os EUA e Cuba.

mem/ft/bm

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